Gabriel Jansen no X-Alps: Superação, Treinamento Intenso e o Orgulho de Voar pelo Brasil!
Entrevistamos o Gabriel sobre sua preparação para o X-Alps
Costumo dizer que o Voo Livre é um esporte visceral e por isso mobiliza do praticante toda a capacidade de existir da melhor maneira possível. Não há lugar para erros graves e na proporção que o piloto avança no esporte, cada vez mais os erros devem ser extintos.
Um dos grandes vilões dos erros no voo livre são os níveis de ansiedade alterado, mobilizando o atleta e o conduzindo a tomada de decisões muitas vezes catastróficas. Porém, é preciso pensar que a relação que o indivíduo estabelece com o voo, também estabelece na vida, guardando suas devidas proporções. Seja como for, voar é um ato de superação por natureza.
Entretanto, não é incomum ver ou saber de pilotos que trocam o trabalho com autoconhecimento e melhoramento pelo uso de substâncias psicoativas para conter os níveis alterados de ansiedade antes de um voo. Seja em um final de semana de lazer, seja num campeonato.
O uso de substâncias inibidoras e perturbadoras do sistema nervoso central, como a maconha e o álcool, no voo livre representa riscos significativos à segurança do atleta e de outras pessoas envolvidas na atividade. Tanto a maconha quanto o álcool têm efeitos que podem comprometer o desempenho, a coordenação motora, a tomada de decisões e a percepção sensorial necessárias para a prática segura do voo livre.
A maconha contém o THC (tetra-hidrocanabinol), substância psicoativa que afeta o funcionamento do cérebro. Seus efeitos incluem diminuição da coordenação motora, alteração da percepção de tempo e espaço, redução da capacidade de concentração e prejuízo das habilidades cognitivas. Esses efeitos podem aumentar significativamente o risco de acidentes durante o voo livre, tornando as manobras mais difíceis de serem realizadas com precisão e segurança.
Além disso, a maconha contém outras substâncias químicas que têm efeitos psicoativos e afetam o funcionamento do cérebro. Ao ser consumida, a droga pode causar uma série de efeitos adversos com potencial de prejudicar o desempenho do atleta, tais como:
O álcool, por sua vez, é uma substância depressora do sistema nervoso central. Seus efeitos incluem diminuição da coordenação motora, redução da capacidade de reação, alteração do julgamento e da tomada de decisões, além de prejudicar a capacidade de concentração e atenção. Esses efeitos comprometem diretamente as habilidades necessárias para pilotar uma asa ou parapente de forma segura.
Ambas as substâncias podem levar a uma diminuição da percepção de riscos e aumentar a propensão a comportamentos imprudentes ou arriscados durante o voo. A coordenação motora prejudicada e as habilidades cognitivas comprometidas tornam mais difícil para o piloto reagir a situações inesperadas, mudanças climáticas ou tomar decisões rápidas e precisas para garantir a segurança pessoal e dos outros envolvidos.
É importante ressaltar que a combinação dessas substâncias com o voo livre é particularmente perigosa, pois os efeitos podem ser potencializados. Ademais, tanto a maconha quanto o álcool podem afetar a capacidade de julgamento do piloto, levando a escolhas imprudentes, aumento de comportamentos de risco e diminuição da consciência situacional.
Portanto, é fundamental que os atletas de voo livre evitem o uso dessas substâncias antes ou durante a prática do esporte, priorizando sempre a própria segurança e de todos ao redor. Manter um estilo de vida saudável, livre de substâncias que possam comprometer o desempenho e a segurança, é fundamental para garantir uma experiência segura e satisfatória no voo livre.
E então piloto, você voa com consciência ou liga o piloto SPA’S?
PILOTO
Gilberto Ribeiro Cardoso
Psicólogo CRP 12/19558
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