A hora é agora: vai começar o Mundial de Parapente 2021

Seleção Brasileira voa na região de Loma Bola, na Argentina, de 31 de outubro a 13 de novembro

31 de outubro de 2021 - Por Guilherme Augusto

Ah, como estávamos ansiosos por dizer isto, então lá vai: o Campeonato Mundial de Parapente 2021 vai começar! A última edição foi em 2019, na Macedônia.

O 17th World Paragliding Championship rola na Argentina, de 31 de outubro a 13 de novembro. A elite do voo de todo o mundo irá voar em Loma Bola, na região de São Miguel de Tucuman, em um dos sítios de voo mais tradicionais do país vizinho.

Seleção Brasileira pronta para decolar

É claro que a delegação verde e amarela já está na Argentina e pronta para chegar na rampa. Nossa Seleção é composta por sete atletas e um team leader, Moisés Sodré - o Moka. Os atletas são:

  • Caio Henrique Buzzarello
  • Cristiano ‘Vermelho’ Ricci da Silva
  • Gilberto Raposo
  • Gilmar de Couto
  • Marcella Uchoa
  • Rafael Saladini
  • Ronnie Koerich

Parte da Seleção Brasileira conferindo suas inscrições

Nosso time equilibra a experiência de alguns nomes que já disputaram o Mundial em diferentes países, como Saladini e Vermelho, com a energia de recém-chegados. Entre os estreantes estão Caio, Gilmarzinho e Ronnie, que vem embalado pelo seu primeiro título Brasileiro, na categoria Aspirantes, em setembro de 2021. Fala, piloto:

“Acredito que o forte do nosso time seja o equilíbrio. Pensando no coletivo, sabemos voar de forma agressiva ou mais técnica e por isso acredito que estamos prontos para encarar as condições previstas no Mundial. Se abraçarmos o sentimento de voar em equipe, teremos ótimos resultados”.

Rafa também crê que podemos viver bons momentos na Argentina. “A pandemia acabou criando um cenário totalmente novo. A Itália, por exemplo, que tem o atual campeão individual, não veio; a Eslovênia está com o time B. Acredito que os favoritos são França, Reino Unido, Alemanha e Suíça, então cabe ao Brasil, Argentina e Polônia brigar pelo quinto lugar. Caso a gente chegue a faturar um quarto será uma conquista inédita, o melhor resultado da Seleção Brasileira num Mundial. Vamos ver”.

Decolagens rolam em Loma Bola, tradicional sítio de voo da Argentina

Expectativas a mil

Como você se sentiria se estivesse a alguns milhares de quilômetros de casa, ao lado dos melhores atletas do seu país e pronto para representá-lo na principal competição do seu esporte do coração? Este é o clima de quem está agora em Tucumán.

Para Ronnie, é quase um privilégio. “Estou muito feliz por ter vindo, o que acabou envolvendo um pouco de sorte, competência e muito trabalho. Espero me divertir e curtir cada momento, afinal estamos junto dos melhores do mundo, com muitos de nossos ídolos. Também vai ser um aprendizado”.

Já Vermelho tem uma meta individual até modesta, de ficar entre os 30 primeiros, mas a coletiva é audaciosa. Ele quer, no mínimo, um terceiro lugar. “No Brasil em 2005 e na Itália em 2017 nós chegamos perto, ficamos em 5º por equipes. Acredito que o nosso time tá fortíssimo, especialmente pela versatilidade dos pilotos. E pessoalmente? Ah, em primeiro lugar quero ajudar a equipe a subir ao pódio”.

Raposo vem no mesmo embalo. “Eu sonho com um top3 para a equipe. Sonho não, já que, para mim, é uma bem realista. Individualmente espero fazer um grande campeonato, com a cabeça tranquila e voando de igual para igual com os melhores do mundo!”.

E quem sabe matar a prova num dia? Esta ideia permeia os sonhos de Gilmarzinho. “Quero chegar ao goal todos os dias e, quem sabe, até forçar mais um dia e matar a prova. Caso acontecesse não ia ficar nem um pouquinho triste. Pretendo ficar entre os 30 primeiros. Já o time tem um potencial muito grande de chegar lá em cima”.

Saladini está leve, sem pressões. “Nas minhas duas outras participações eu tava muito organizado, focado, a mil, com tudo pronto com meses de antecedência. Mas agora é bem diferente, especialmente por causa da pandemia. Sei que pude treinar pouco, que na Europa o pessoal voou demais, com PWC pra todo o lado. Por isso vim com uma pressão muito menor, vim me divertir, fazer meu melhor. Já fiquei entre os 20 primeiros duas vezes, quem sabe agora consiga chegar entre os 10. Vamos aos poucos, sentindo o equipamento”.

Ué, e cadê a representante feminina da Seleção? Marcella já voou em Tucuman no PWC de 2019 e vem animada pelo tricampeonato Brasileiro e o PWC Sérvia, ambos obtidos entre as mulheres. “Em 2019 a condição tava fraca e houve provas poucos dias, então agora espero voar mais. Ainda assim é um lugar de ter paciência, manter a estratégia. Me sinto preparada, espero subir o pódio no feminino e um top5 pro nosso time, quem sabe até um pódio”.

Acompanhando o Mundial

Como sempre, nós da CBVL vamos acompanhar cada movimento da Seleção no Mundial - e torcer muito para que as previsões dos pilotos se confirmem! Além disso, será possível acompanhar o evento pelas redes da Freeflight.TV.

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