Gabriel Jansen no X-Alps: Superação, Treinamento Intenso e o Orgulho de Voar pelo Brasil!
Entrevistamos o Gabriel sobre sua preparação para o X-Alps
Evento adotou novos protocolos sanitários e marcou o reencontro de Gilmar Couto com o título após cinco anos
Governador Valadares (MG) é reconhecida como Capital Mundial do Voo Livre e nada mais justo do que sediar o primeiro evento adaptado à pandemia na cidade. O Campeonato Brasileiro de Parapente 2021 fez sua abertura da temporada no Pico da Ibituruna, de 30 de maio a 5 de junho.
Além dos novos protocolos de segurança, rigorosamente cumpridos em função da pandemia, tivemos um novo nome no ponto mais alto do pódio. Gilmar Couto sagrou-se campeão da etapa, repetindo seu feito de 2016.
Para isso, o mineiro desbancou favoritos e matou as três primeiras provas que chegaram ao goal, além de pontuar em todos os dias. Assim, somou 3.227 pontos e garantiu o troféu.
“Consegui liderar a etapa de ponta a ponta. Foi uma felicidade sem fim, que vou guardar para sempre na memória. Desejo que os pilotos novos, que estão chegando agora, consigam realizar o mesmo para sentir esta emoção”.
Pódio na geral: Rafael Barros (em quarto), Rafael Sadini (segundo), Gilmar Couto (campeão), Luciano Horn (terceiro) e Marcella Uchoa (quinta)
Apesar da humildade, o piloto natural de Poços de Caldas (MG) e morador de Mogi Mirim (SP) não escondeu o desejo de se tornar Campeão Brasileiro pela primeira vez. Mas, para isto, precisa vencer a final do Brasileiro, que acontece em setembro.
“Já estou pensando na próxima etapa e no Mundial. Quero usar a mesma estratégia. Ser campeão Brasileiro interessa muito para mim”.
Gilmarzinho desbanca favoritos e vence uma etapa do Brasileiro depois de cinco anos
Na categoria Feminino não tivemos surpresas. Marcella Uchoa, atual bicampeã Brasileira na classe, levou mais um troféu para casa.
“Pra mim vencer foi ótimo, mas ter ficado entre os cinco melhores na geral foi incrível. Um sonho realizado, algo que eu queria há muito tempo e pelo que trabalhei bastante”.
Bicampeã Brasileira, Marcella celebrou resultado na categoria e na geral
Outro estreante no primeiro lugar foi Ronnie Koerich. O piloto de Campo Largo (PR) garantiu o título na Aspirantes e, de quebra, faturou o oitavo lugar no ranking geral.
“Estou muito feliz. Vencer foi gostoso demais. Acredito que o prêmio consagra um longo trabalho, de mais de um ano, com muito treino, estratégias e empenho. Mas agora não é hora de comemorar, já estou pensando na decisão em Baixo Guandu”.
Sem tempo para comemorar; Ronnie já está com a cabeça na próxima etapa
Já a disputa por equipes foi acirrada e consagrou o Ozone Brasil como time vencedor. Assim, os gaúchos repetiram o feito da etapa anterior, quando faturaram o primeiro lugar em Poços de Caldas (MG), em 2019.
“Sentimos uma satisfação muito grande, pois aqui estão os melhores pilotos do país. Para chegar neste resultado nós temos um trabalho coletivo o tempo todo, sempre pensamos como equipe, no briefing ou voando, todos se ajudam o tempo todo. O pessoal vai ter que se puxar muito, porque agora vamos com tudo para Baixo Guandu, faturar o tri consecutivo”, comentou o integrante Lucilei Dal Pozzo.
'O pessoal vai ter que se puxar'. Ozone já pensa no terceiro título consecutivo
Esta foi a primeira edição do Brasileiro de Parapente realizada durante a pandemia de Covid-19. Em virtude dela a organização adotou um rigoroso protocolo de segurança.
Composto por diversas ações, ele integrou a medição constante da temperatura dos atletas e staff, disponibilidade de álcool em gel em todos os locais e cerimônia de abertura e briefing geral online, ao invés do modelo tradicional.
Além disso, o acesso ao Pico da Ibituruna foi restrito para pilotos e staff. Já para reduzir o tráfego pela cidade, a organização também migrou o QG da Feira da Paz ao Hotel Panorama.
“Conseguimos realizar o evento com toda a segurança e colorir os céus da cidade. Enquanto município estamos felizes em ter colaborado e somos parceiros da CBVL para próximas ações, independente se de parapente ou asa delta”, destacou o secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo.
Governador Valadares ostenta o título de Capital Mundial de Voo Livre com méritos. A cidade abriga o majestoso Pico da Ibituruna, formação montanhosa com quase 900 metros de desnível e templo do nosso esporte.
Além dos campeonatos nacionais, realizados na cidade desde o início dos anos 1980, o Pico também acolheu as primeiras competições internacionais realizadas no Brasil. Entre elas, o Mundial de Voo Livre (asa delta) em 1989 e o PWC (parapente), em 1994. De certa forma foi GV quem colocou o país no mapa global do voo.
O Campeonato é uma realização da Prefeitura Municipal de Governador Valadares, com apoio da Confederação Brasileira de Voo Livre (CBVL), da Federação Mineira de Voo Livre (FMVL), do COMTUR (Conselho Municipal do Turismo), de Associações de Voo Livre da cidade e de empresários ligados ao turismo.
A etapa final do Brasileiro de Parapente 2021 acontece em Baixo Guandu (ES). A Rampa do Monjolo sedia a prova de 5 a 11 de setembro.
Categoria PRO
1 - GILMAR DE JESUS COUTO
2 - RAFAEL MONTEIRO SALADINI
3 - LUCIANO HORN
4 - RAFAEL DE MORAES BARROS
5 - MARCELLA POMARICO UCHOA
Categoria Aspirante
1 - RONNIE KOERICH
2 - RICARDO LUIZ MORITZ
3 - RANEY MODENEZE DE FREITAS
4 - CARLOS ROBERTO DE NIEMEYER SALLES
5 - ROGERIO SANTOS FELIX
Categoria Feminino
1 - MARCELLA POMARICO UCHOA
2 - ELISA PEREIRA EISENLOHR
3 - ISABELA GOMES DE LIMA SALES
4 - RAQUEL PEREIRA CANDIDO VENCESLAU
Categoria Times
1 - Ozone Brasil
2 - CPVL TEAM
3 - SOL CX MAX
4 - Niviuk Brasil
5 - Uzome
Veja os resultados completos no site do evento.