Polo Aerodesportivo Gaúcho: um marco para o aerodesporto no Rio Grande do Sul
A aprovação do Projeto de Lei 175/2023, que institui o Polo Aerodesportivo Gaúcho (PAG), marca um momento histórico para o aerodesporto no estado. Proposto pelo deputado Elton Weber, o projeto organiza e fortalece a prática aerodesportiva em quatro complexos regionais, promovendo o reconhecimento de clubes e associações e equilibrando incentivo ao esporte, preservação ambiental e segurança no espaço aéreo.
Com diretrizes claras, o PAG beneficia o voo livre, fomenta o turismo esportivo e cria uma estrutura sustentável para o desenvolvimento do aerodesporto no Rio Grande do Sul.
Na entrevista a seguir, Alberto Petry, ex-presidente da CBVL e um dos principais idealizadores do PAG, fala sobre a importância dessa conquista e seus impactos.
O que motivou a criação do Polo Aerodesportivo Gaúcho (PAG)?
Começamos o projeto com o deputado Dalciso Oliveira, de Igrejinha, cidade com tradição aerodesportiva. Com o fim de seu mandato, buscamos o deputado Elton Weber, de Nova Petrópolis, outra cidade ligada ao esporte. A escolha foi natural, considerando a relevância regional e a afinidade partidária.
Por que essa iniciativa é essencial para o desenvolvimento do aerodesporto no estado?
O aerodesporto carece de reconhecimento nos âmbitos desportivo, turístico e regulatório. O PAG é um passo decisivo, pois formaliza o apoio do Estado ao esporte, promovendo sua valorização e estruturando o setor.
Como o PAG beneficia diretamente o voo livre?
A Lei reconhece o voo livre como uma prática cultural e esportiva de destaque, incentivando a regularização de espaços e a manutenção do esporte. Além disso, promove cooperação entre o Estado e as entidades, criando um ambiente mais favorável para pilotos recreativos e competidores.
Quais desafios o PAG ajuda a superar para pilotos e clubes?
A ausência de regulação sobrecarrega as entidades que se responsabilizam pelo desenvolvimento de boas práticas e pela prevenção de acidentes. O PAG estimula a formalização de associações e fortalece o trabalho coletivo, promovendo maior cooperação com o poder público.
Como a estrutura regional do PAG incentiva o voo livre em diferentes áreas?
Os quatro complexos regionais foram definidos com base em pesquisas com federações, mapeando clubes ativos. A estrutura fortalece polos existentes e identifica novas áreas para desenvolvimento, promovendo expansão equilibrada e sustentável.
Como o projeto equilibra incentivo ao esporte, preservação ambiental e segurança?
A Lei reconhece a necessidade de preservar áreas naturais, integrando práticas esportivas à sustentabilidade. No espaço aéreo, a regulamentação promove segurança e colaboração entre diferentes atividades aéreas, fortalecendo o turismo esportivo e os eventos competitivos.
Qual o impacto do PAG no turismo e na economia das cidades envolvidas?
O PAG oferece um suporte legal que atrai patrocínios e incentivos para cidades como Igrejinha e Nova Petrópolis, além de fomentar o turismo esportivo e a organização de eventos. Essa visibilidade impulsiona o desenvolvimento econômico local.
O PAG pode inspirar iniciativas semelhantes em outros estados?
Sim, o modelo já está sendo adaptado por outros estados, como São Paulo. A formalização do PAG tem potencial para gerar um movimento nacional de reconhecimento do aerodesporto, com impacto significativo para o voo livre nos próximos anos.
Quais serão os próximos passos para engajar pilotos, clubes e a comunidade?
O momento é de fortalecer o diálogo entre clubes, federações e poder público. Eventos regionais e ações educativas serão essenciais para consolidar o PAG, promovendo a integração entre atletas e comunidades locais.
Que mensagem você gostaria de deixar para a comunidade do voo livre?
O reconhecimento por meio do PAG é um passo histórico. Ele valoriza o trabalho de clubes e federações, criando uma base sólida para o crescimento do aerodesporto. Com organização e cooperação, podemos desenvolver novas áreas, boas práticas e fortalecer o esporte no Rio Grande do Sul e no Brasil.
O Polo Aerodesportivo Gaúcho não é apenas um marco para o estado, mas também uma inspiração para o futuro do aerodesporto no país. Que esse seja o primeiro de muitos passos rumo a um cenário cada vez mais estruturado e valorizado!