Panamericano de Parapente 2024: O Céu de Andradas Vai Ficar Pequeno!

Os pilotos brasileiros vão com tudo para o Pan!

11 de setembro de 2024 - Por Lucas Axelrud

Atenção, pilotos e amantes do voo livre! A espera está chegando ao fim! O Campeonato Panamericano de Parapente de 2024 aterrissa em Andradas, no icônico Pico do Gavião, de 15 a 22 de setembro. Com um cenário de tirar o fôlego, esta edição promete ser uma das mais memoráveis da história do parapente! Serão 130 pilotos representando 46 nações diferentes, mostrando toda a força e o talento do voo livre mundial!

E o Brasil vem com tudo! Nossa seleção está afiada e preparada para conquistar novas marcas históricas. Ao todo, são 47 pilotos brasileiros prontos para dar show nos céus de Andradas e mostrar que o nosso país é uma potência mundial do parapente!

Expectativa, Foco e Estratégia: As Palavras de Luciano Horn

Luciano Horn, um dos grandes nomes da seleção brasileira de parapente, compartilhou um pouco de sua visão e preparação para o Panamericano. Ele destaca a importância de manter o foco e a tranquilidade: "A expectativa é grande e gera ansiedade. Muitos pilotos bons do PWC estarão presentes. O Brasil venceu as últimas edições em regiões com mais montanhas. Agora será no 'flat' a disputa. Manter a tranquilidade, controlar a ansiedade caso não esteja num dia bom e voar dia após dia."

Sobre as características do voo em Andradas, Luciano pontua: "O voo de Andradas é muito bom, consistente. Tem algumas peculiaridades em dias de virada de vento norte para sul, que é preciso tomar cuidado. Também tem a situação de frentes frias próximas que podem diminuir a qualidade do voo. É preciso sentir como vai estar a condição da semana do evento e, mentalmente, buscar dados de voos anteriores para rapidamente se adaptar."

Ele também reforça a importância do treino e da preparação mental: "Treino e foco. Mesmo que não consiga voar, é preciso ter foco. Saber onde se quer chegar e, na competição, se adaptar todo dia de prova à condição do dia." E, sobre a vantagem de conhecer o terreno, Horn comenta: "Nos dias de hoje, não vejo como uma grande diferença. Os pilotos estudam o relevo, mapa térmico, tiram uma base legal já antes de vir para a competição."

A confiança de Luciano está em alta, refletindo o espírito guerreiro dos nossos pilotos: "Você se sente forte. Sabe o que superou e quem superou para conseguir a vaga. Sabe que é capaz e sente uma energia muito boa. Funciona meio que todos por 'um time'." Vamos torcer para que essa energia continue brilhando nos céus de Andradas!

Um Time de Pilotos Experientes e um Líder Determinado: Cristiano Ricci

O team leader da seleção brasileira, Cristiano Ricci, também compartilhou suas expectativas e estratégias para o campeonato. Ele destacou o quanto o papel de líder exige responsabilidade, mas também o orgulho de estar à frente de um time tão talentoso. "É um time com grandes pilotos, todos com excelentes resultados individuais e por equipe. Mentalmente, eles já estão preparados. No meu ponto de vista, o papel do líder é muito mais do que fazer briefings ou dar apoio moral. É sobre entender cada um e respeitar suas características individuais", disse Cristiano.

Cristiano também aponta para a importância da adaptação e flexibilidade na competição: "A estratégia da equipe deve ser considerada ao longo da competição. Engessar uma estratégia no começo pode ser contraprodutivo, porque você pode tirar o piloto da sua característica e prejudicar a equipe. As considerações deverão ser feitas diariamente e, se houver necessidade de mudanças, devemos esmiuçar o problema e achar uma solução para que a performance no geral e da equipe melhore."

Com a experiência de já ter liderado equipes brasileiras em competições internacionais, Cristiano acredita que o grupo tem tudo para se destacar. "Nós temos pilotos experientes, como o Rafa Barros, o Érico, o Horn, o Washington, todos voando muito bem. A Marcella também está voando muito. Eu acho que a equipe está com os melhores pilotos do Brasil, então acho que não vai ser muito difícil para mim não. É só fazer o arroz com feijão, deixar os caras voar, porque eles já estão voando muito."

Um Panamericano que Promete Ser Incrível!

Esse será o sexto Panamericano de Parapente chancelado pela FAI e organizado pela Vetor Esportes. O campeonato também servirá como evento teste para o 19º Mundial FAI, que acontecerá no mesmo local em 2025. Ou seja, vai ser uma prévia de altíssimo nível, com os melhores pilotos do mundo em busca de dominar os céus do Brasil!

Histórico do Brasil nos Panamericanos

E quando se fala em Panamericano de Parapente, o Brasil é uma referência! O país é a maior potência da competição, vencendo três das cinco edições realizadas até hoje. A última edição, em 2022, em Governador Valadares (MG), foi uma celebração verde e amarela, com a equipe brasileira faturando o título por Nações. Nesse ano, tivemos Rafael Saladini, Rafael Barros, Marcella Uchoa, Caio Buzzarello, Erico Oliveira e Gilmar Couto mostrando toda a habilidade e garra brasileira.

Além da conquista coletiva, tivemos também grandes resultados individuais. No Open, Rafael Saladini se consagrou bicampeão e o Brasil dominou as quatro primeiras posições, colocando sete nomes no top 10. No Feminino, destaque para Marcella Uchoa, que garantiu o segundo lugar, e Isabela Sales, que ficou com a quarta posição.

Com tantos pilotos talentosos e experientes no time brasileiro, temos tudo para fazer história novamente e fortalecer ainda mais a nossa posição como uma das potências do voo livre! Vamos lá, Brasil!

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