Administrar uma entidade do tamanho e da importância da CBVL não é tarefa nada fácil. A responsabilidade é enorme e a expectativa dos confederados é maior ainda.

Tivemos muita sorte em conseguir montar um time com pessoas realmente interessadas, dedicadas, unidas e com o mesmo objetivo: trabalhar pelo voo livre. Graças a esse time e a grandes oportunidades que surgiram ao longo do ano conseguimos realizar grandes feitos, enormes conquistas - como o recorde histórico de pilotos confederados -, além das outras que listamos abaixo:

Inauguramos um novo sistema de classificação para o Campeonato Brasileiro de Parapente – o Sistema de Letras. O grande objetivo dele é distribuir as vagas para os pilotos levando em consideração o grau de competitividade dos eventos que participaram, fazendo com que os classificados correspondam, de fato, com os melhores pilotos brasileiros de parapente em atividade.

O novo sistema incentivou a realização de ainda mais eventos regionais oficiais (passamos de 25 eventos válidos para o sistema!) e nos deu um panorama real do número de pilotos de competição de parapente em atividade, que ultrapassa os 670 atletas.

Tivemos a oportunidade de contribuir na maior reforma da legislação aeronáutica da história recente de nosso país – o Projeto Voo Simples. Em nossas movimentações, além de defendermos os interesses do voo livre (e das demais modalidades de esportes aéreos), tivemos várias portas abertas e nos aproximamos institucionalmente de inúmeras lideranças de nosso país, sendo muito bem recebidos e tendo nossas ideias aceitas e defendidas pelas presidências de diversos partidos políticos, pelas presidências do Congresso Nacional e da Câmara dos Deputados, além de todas as lideranças dessa casa legislativa. Um grande avanço.

Realizamos com muito sucesso o 21º Encontro Nacional de Pilotos e Instrutores – ENPI na cidade de Formosa/GO, contanto com a presença de mais de 100 pilotos associados de todos os níveis e com transmissão ao vivo de todas as palestras para todo o Brasil de forma gratuita, que abrangeram temas de altíssima relevância para a formação, especialização e reciclagem de conhecimentos de pilotos de asa delta e parapente.

Outra oportunidade incrível que se apresentou e que também abriu muitas portas foi a participação efetiva no projeto que se iniciou na ANAC de reforma dos RBAC 103 e 183. Entre vários temas importantes, defendemos a regulamentação do voo duplo turístico para trazer à legalidade essa atividade que alimenta inúmeras famílias no Brasil. Todas nossas demandas foram muito elogiadas e bem recepcionadas pela diretoria da ANAC. Este processo ainda continua durante 2023 e acompanharemos de perto seu desenvolvimento.

Olhando para “dentro de casa”, realizamos importantes alterações no Estatuto Social para adequá-lo mais fielmente às exigências da Lei Pelé, com fins de viabilizar de uma vez por todas a obtenção de Bolsa Atleta por nossos confederados, além de outras alterações no Estatuto e no Código de Ética e Disciplina que garantirão uma gestão mais transparente, participativa e focada, dificultando ainda mais o uso da CBVL para benefícios pessoais de quem quer que seja.

Também nas normas internas, regulamentamos os processos de homologação de recordes brasileiros nos mesmos moldes realizados pela FAI. Nossos confederados receberão o reconhecimento merecido pelo esforço realizado e terão suas conquistas comemoradas por toda a comunidade de voo livre.

E o que nos espera para 2023?

O ano de 2023 promete ser ainda mais agitado que 2022. Estamos a todo vapor no trabalho de atualização e reforma da Norma Regulamentar que, na sequência, norteará o trabalho de atualização e reforma de todo sistema de ensino e avaliações, desde o Aluno Piloto, até as mais altas Certificações.

Teremos dois eventos internacionais importantíssimos – o Campeonato Mundial de Parapente em maio/junho e o Campeonato Mundial de Asa Delta em agosto. Formaremos nossas seleções de parapente e asa delta e buscaremos proporcionar grande apoio para que possam se concentrar no que fazem de melhor: voar.

Realizaremos o recadastramento de todos os Clubes e Associações para voltarmos a ter um contato mais próximo com todas entidades locais e receber de forma mais direta as demandas características de cada região e reconhecer de forma mais efetiva os trabalhos realizados na administração do esporte por essas entidades. Neste mesmo movimento realizaremos importantes revisões no sistema de Diretores Técnicos Regionais - DTR para que atenda de fato suas finalidades, nomeando novos Diretores onde a demanda é maior e oxigenando outras regiões com nomes diferentes.

Promoveremos mais ENPIs pelo Brasil e, como consequência de uma grande parceria que está sendo realizada (provavelmente a maior das últimas décadas e muito esperada por praticamente todos pilotos), um grande Congresso de Voo Livre será realizado – quem pegou a referência vai adivinhar a parceria.

Isso e muito mais é o que o novo ano deve nos presentear. Nossa CBVL cada vez melhor, mais próxima de seus associados, focada no que realmente importa: o desenvolvimento e crescimento do Voo Livre.