A CBVL trabalha em muitas frentes. Representa o voo livre nacional globalmente, chancela e acompanha competições, regulamenta práticas e processos. E ainda tem seus próprios fluxos e regras administrativas. E essa área interna tem novidades interessantes.

Em novembro rolou uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE), na sede da Confederação, no Rio de Janeiro. Ela tratou sobre importantes atualizações no Estatuto e no Código de Ética que, resumidamente, buscam reduzir burocracias, ampliar a transparência e aumentar a atuação direta de atletas nas decisões tomadas pela instituição. Se liga no que rolou.

Novo estatuto: menos burocrático e mais participativo

O Estatuto é o principal documento que rege os procedimentos internos da CBVL. Logo, é de extrema importância ao desenvolvimento do esporte no país e, por isso, foi atualizado.

Primeiro, ele ficou menos burocrático. Extinguiu antigos cargos e funções que há tempos não tinham aplicação prática (como Diretor Social) e também defasados grupos e nomenclaturas de filiados (como benemérito ou colaborador).

Agora, a diretoria executiva da Confederação é formada apenas por Presidente e Vice-Presidente, Diretor Financeiro, diretores técnicos (de Asa Delta e de Parapente) e diretores técnicos de competições (de Asa e de Parapente). Todos com ativa participação e real relevância no dia a dia da entidade.

Outra novidade está na criação do Conselho de Administração. Ele é formado pelos membros da diretoria mais dois representantes de federações estaduais e mais dois representantes de pilotos, um de asa e outro de parapente. Ele é responsável por direcionar as decisões da diretoria executiva.

Código de Ética está mais rígido

As novidades também estão voltadas ao profissionalismo do trabalho prestado pela Confederação. Assim, o Código teve diretrizes atualizadas.

Agora, cargos voltados ao Conselho Disciplinar devem ser obrigatoriamente ocupados por formados em Direito. Além disso, foram adicionadas regras anticorrupção, que inclusive incluem os procedimentos de compras da entidade.

Ainda, rolaram adequações no Tribunal de Justiça Desportiva, conforme previsto em lei, e adotadas medidas de transparência em ações e prestações de contas em prol da Lei Pelé. Agora, por exemplo, entidades (como ligas e comissões) podem se filiar oficialmente à CBVL.

Para finalizar, o Comitê Olímpico Brasileiro. Foram estabelecidas novas medidas para aproximar a CBVL do COB a fim de profissionalizar o esporte e possibilitar, finalmente, que o voo livre seja certificado junto ao Ministério da Cidadania (e Secretaria de Esportes) para que os nossos atletas consigam a Bolsa Atleta, um processo que ainda está em aberto.

Veja o novo Estatuto;
Acesse o Código de Ética.