Mario Monteiro compartilha experiência na Super Final da Paragliding World Cup 2024

21 de fevereiro de 2025 - Por Maruza

Após retornar ao Brasil e à rotina de trabalho, Mario Monteiro encontrou um tempinho para nos relatar como foi participar da Super Final da 14ª Paragliding World Cup em Roldanillo, na Colômbia. O evento, realizado entre os dias 4 e 15 de fevereiro, reuniu os melhores pilotos do mundo.

“A experiência de participar de uma Super Final é algo extraordinário. Estamos diante dos melhores pilotos do mundo de corrida de Cross Country, todos em busca de uma boa colocação. Só que todos utilizam equipamentos de ponta e possuem grande experiência em competições pelo mundo. É em um cenário como esse que conseguimos extrair diversos aprendizados no voo, seja na estratégia, no ajuste fino dos equipamentos ou até mesmo nos detalhes de pilotagem. E o aprendizado é o segundo maior objetivo. O primeiro, certamente, é fazer amizades e se divertir com os amigos do voo. Não há nada melhor do que marcar um almoço ou jantar e trocar experiências, não só sobre voo, mas também sobre a vida”, relatou.

Mario foi um dos três representantes do Brasil na competição. Ele voou ao lado de Luciano Horn e Washington Peruchi.

Washington, Mario e Luciano

“Tive muita sorte de estar acompanhado de dois grandes pilotos brasileiros nesta competição. O Washington Peruchi, atual vice-campeão brasileiro, e o Luciano Horn, que já foi campeão brasileiro e se mantém constantemente entre os melhores pilotos do Brasil há muitos anos. Ambos fazem parte da equipe brasileira que representará o país no mundial da FAI. Cada um deles tem mais que o dobro do meu tempo de voo, então aprendi bastante com eles. Não apenas trocamos conhecimentos, mas também nos divertimos muito após os goals. Marcamos vários almoços e jantares animados, onde a conversa não girou apenas em torno do voo, mas também de diversos assuntos da vida”, afirmou Mario.

Condições adversas

A 14ª PWC Roldanillo 2024 será lembrada como uma das edições mais chuvosas, um verdadeiro teste de paciência e resiliência para os pilotos. Ainda assim, Mario conta que conseguiu aproveitar bastante os dias de voo.

“Em relação às condições climáticas, voamos 6 dos 10 dias possíveis. De fato, tivemos alguns dias de chuva, mas os 6 dias de prova foram alucinantes. Muitas térmicas fortes e constantes, muita disputa acirrada pela liderança. Tivemos a oportunidade de ver de perto a história sendo feita pelos pilotos de ponta, e isso não tem preço. Também enfrentamos alguns dias em que a condição desacelerou, com muitas áreas sombreadas, exigindo bastante luta para não pousar prematuramente. Mas, no geral, foram dias de muita correria e diversão”, contou.

“Houve momentos em que precisamos esperar a chuva passar na decolagem, todos espremidos, se protegendo da água que caía forte. E, por incrível que pareça, após a chuva, tivemos provas incríveis, com muito sol e térmicas fortes.”

Mario também relatou que ocorreram alguns incidentes durante as tasks.

“Infelizmente, alguns pilotos precisaram acionar o reserva e outros se machucaram no pouso, mas, felizmente, nenhum acidente grave ou fatal. Nenhuma intercorrência ocorreu com os brasileiros.”

“No fim das contas, a experiência foi extremamente positiva. Muitas lições aprendidas que serão valiosas para competições futuras. Só tenho a agradecer aos brasileiros pela companhia divertida e pela grande troca de conhecimento sobre o voo. Agora, é descansar um pouco, rever os replays dos voos, analisar erros e acertos e buscar sempre melhorar”, completou.

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