Encerramento de Gestão: Um Ciclo de Transformação para o Voo Livre
Vinícius Matuk escreve sobre sua gestão frente à CBVL
Sementes de mudanças para o Voo Livre nacional
Por Inahiá Castro
O 23º Encontro Nacional de Pilotos e Instrutores (ENPI), que aconteceu em Jaraguá do Sul (SC), de 24 a 26 de maio, foi marcado não apenas pelas palestras de conteúdo enriquecedor, que são o principal propósito do evento, mas também pelas sementes que foram plantadas com o intuito de germinar mudanças positivas na regulamentação do Voo Livre nacional.
A organização, que ficou a cargo do Jaraguá Clube de Voo Livre (JCVL), sob supervisão da CBVL, proporcionou um evento de alto nível em termos de estrutura, conforto, qualidade e acolhimento aos pilotos. Sediado no moderno edifício do Centro de Inovação de Jaraguá do Sul, o evento contou com apoio da SOL PARAGLIDERS e a participação de 100 pilotos inscritos, que assistiram a palestras sobre Instrução de Voo (Dudu Peirão), Psicologia do Voo Livre (Gilberto Ribeiro), Voo Duplo (Alan Sobel), SIV (Maurício Gatinho), Voo de Competição (Rafael Saladini), Equipamentos Eletrônicos (Maicon), Hike & Fly (Eduardo Morais), História da Sol Sports (Ary Pradi), Regras do Espaço Aéreo (Vinícius Matuk), e também o Curso de Primeiros Socorros, ministrado por oficiais do Corpo de Bombeiros, com emissão de certificado aos participantes.
Durante o evento, a CBVL ficou à disposição dos pilotos que precisassem resolver pendências de cadastro, realizar provas e emitir o certificado da ANAC. Alguns pilotos e instrutores também tiveram a oportunidade de conversar com membros da diretoria da CBVL, tirando dúvidas, dando sugestões e transmitindo suas demandas. Isso motivou uma reunião com o presidente da entidade, Vinicius Matuk e uma comissão de pilotos e diretores, que foi formada com o intuito de rever a atual Norma Regulamentar e criar conteúdo de capacitação para pilotos que buscam mudança de nivelamento, principalmente para Instrução.
Encontros presenciais como o ENPI promovem uma interação importante entre a entidade e os pilotos, afinal, tanto os praticantes do esporte como os dirigentes são voadores e, de maneira geral, desejam o desenvolvimento do esporte. A única diferença é que os pilotos que se envolvem com a gestão das entidades, assumem responsabilidades de cumprimento de regras estabelecidas por órgãos federais, como ANAC e Ministério dos Esportes, e se incumbem de adequar essas exigências à prática do Voo Livre, para que o esporte cresça de forma organizada, priorizando a segurança e a evolução das modalidades.
Nesse processo de desenvolvimento, as adequações devem ser constantes, acompanhando as mudanças que acontecem ao longo do tempo, seja nas questões técnicas como, legislativas e sociais. Regulamentar uma atividade como o Voo Livre em um país de dimensões continentais, com uma grande variedade de condições climáticas e geográficas em cada região,não é uma tarefa fácil. Mas, com a união e colaboração da comunidade esportiva, e o trabalho dedicado dos que estão à frente da entidade nacional, e dos clubes e federações, o Voo Livre pode trilhar um caminho promissor. Está nas nossas mãos.