Campeonato Sul-Brasileiro de Parapente Terra Rica: uma etapa marcante para o Voo Livre

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) emitiu um comunicado alertando para os riscos de voos em áreas proibidas, especialmente nas proximidades de aeroportos. A ação, que busca informar e conscientizar, foi realizada após pilotos de parapente invadirem - sem autorização - o espaço aéreo da Área de Controle Terminal (TMA) do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro.
O voo de parapente é uma prática esportiva que proporciona uma vista privilegiada das paisagens. No entanto, no Brasil, essa atividade não pode ser realizada em qualquer local.
Segundo o DECEA, quando a prática de parapente ou asa-delta ocorre em áreas próximas a aeroportos, os riscos aumentam significativamente. Entre os principais perigos estão colisões com aeronaves e turbulência de esteira – fortes correntes de ar geradas por aviões de grande porte, que podem desestabilizar um parapente e levar a quedas incontroláveis.
Na nota, o DECEA reforça que, de acordo com o Regulamento de Tráfego Aéreo (ICA 100-12), é proibido voar sem autorização em zonas de aproximação e decolagem de aeroportos. O descumprimento das normas pode resultar em multas, apreensão de equipamentos e até processos criminais, caso o voo represente risco à segurança aérea.
Com o aumento de incidentes envolvendo parapentes em áreas proibidas, a fiscalização foi reforçada pelas autoridades aeronáuticas e pela Polícia Militar. Entre as medidas adotadas estão monitoramento aéreo, denúncias de pilotos e campanhas educativas para coibir práticas irregulares.
O Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha, chefe do Subdepartamento de Operações (SDOP) do DECEA, destacou a gravidade da situação:
"Voar em áreas restritas, como nas proximidades de aeroportos, coloca em risco não apenas a vida do praticante, mas também a segurança de centenas de passageiros e tripulantes a bordo das aeronaves. O respeito às normas é essencial para evitar acidentes e garantir a harmonia no espaço aéreo."
A Confederação Brasileira de Voo Livre (CBVL) repudia a violação dessas regras e os voos em áreas proibidas. Além dos riscos à segurança, essas infrações prejudicam o desenvolvimento do esporte e afetam os profissionais que vivem do voo livre.
A conscientização e o respeito às normas são essenciais para garantir a segurança e a continuidade da prática do voo livre no Brasil.