CBP 35 anos e Uma Etapa Inesquecível em Baixo Guandu!
Baixo Guandu se prepara para sediar a 1a Etapa do Campeonato Brasileiro de Parapente
A 1ª etapa do Campeonato Brasileiro de Parapente 2025 promete muito, e quem está à frente dessa missão é Ricardo Aquino, piloto capixaba e organizador do evento junto à Raney de Freitas. Em uma conversa exclusiva para a CBVL, Ricardo compartilhou as expectativas para o evento, as novidades que vêm por aí e o que torna Baixo Guandu o cenário perfeito para esta competição histórica.
Comemorando os 35 anos do CBP e trazendo inovações como a modernização da Rampa do Monjolo e o maior prêmio em dinheiro de todas as etapas, o evento já nasce com cara de inesquecível. E tem mais: além das condições fenomenais de voo, o local se prepara para receber pilotos e espectadores de braços abertos, fortalecendo ainda mais o Brasil como potência mundial do esporte.
Confira a entrevista completa abaixo!
Ricardo, qual é a sua expectativa para a 1ª etapa do Campeonato Brasileiro de Parapente 2025? O que você acredita que torna este evento especial?
Pois é ... 2025 começou, e veio acompanhado de novas metas e anseios, além de uma bela pitada de ansiedade, admito. Quando Raney e eu conversamos sobre pleitearmos uma das etapas do CBP, uma coisa ficou bem clara: caso fôssemos escolhidos, entregaríamos a todos uma das melhores etapas do Brasileiro. Pelo menos, essa tem sido a nossa pretensão. Como pilotos e grandes entusiastas deste esporte tão técnico e desafiador, queremos continuar contribuindo para que o voo livre continue sua trajetória de destaque e reconhecimento.
O que há de novo nesta edição do campeonato, especialmente em Baixo Guandu? Há alguma novidade no formato, na programação ou na infraestrutura?
Estaremos realizando um evento alusivo aos 35 anos do primeiro CBP, realizado em 1990 na Serra do Vulcão, em Nova Iguaçu (RJ), vencido pelo piloto Bruno Menescal. Desde então, muitas conquistas foram alcançadas pelos pilotos brasileiros, incluindo recordes e reconhecimentos internacionais. O Brasil cada vez mais se confirma como um dos melhores lugares do mundo para a prática do voo livre, e queremos que Baixo Guandu seja uma de suas vitrines de maior destaque.
Uma grande novidade é que a Rampa de Voo Livre de Baixo Guandu (Monjolo) foi adquirida pelo Raney e um sócio investidor. Com isso, há uma enorme expectativa pelas obras que estão por vir. A estrutura será toda refeita em um novo padrão. O projeto já está ganhando forma, e acreditamos que os próximos anos serão de muitas novidades para os frequentadores deste sítio de voo.
Quais são os maiores desafios em organizar um evento desse porte e como vocês estão se preparando para enfrentá-los?
Sempre que há comprometimento de quem assume responsabilidades, vem a preocupação de que, por mais que entreguemos nosso melhor, isso ainda possa não ser suficiente diante das expectativas. Mas estamos confiantes e trabalhando, além de “rezar para São Pedro” dar aquela forcinha e nos ajudar com 8 dias de bons voos.
O que torna Baixo Guandu um local tão especial para o voo livre e ideal para uma competição de alto nível como esta?
Baixo Guandu é uma região muito favorável a grandes e importantes eventos. Muitos fatores contribuem para isso, como:
- Relevo: O piloto pode voar de maneira mais competitiva, já que há muitas áreas de pouso, além de um relevo diversificado que promove desafios ao se lançar em térmicas mais duvidosas.
- Meteorologia: A região está em um cruzamento de correntes, o que, por um lado, impede algumas chuvas de chegarem ao local, mas favorece a prática do voo livre.
- Espaço aéreo: Não temos problemas com o terminal VIX, o que permite que a comissão de provas crie desafios em todos os quadrantes sem essa preocupação.
- A cidade: Baixo Guandu é bem acessível e está em constante estruturação. O voo livre se tornou uma grande referência local, com público em massa prestigiando os eventos e oferecendo uma recepção calorosa aos visitantes.
Existe algo novo que os pilotos e espectadores podem esperar do evento neste ano em relação à infraestrutura ou atrações locais?
Como mencionei, este ano faremos uma etapa comemorativa pelos 35 anos do CBP, com ações para estimular os pilotos a serem mais competitivos. Entre elas, teremos a distribuição do maior prêmio em dinheiro de todas as etapas: R$ 40 mil, divididos entre os campeões. Parte deste valor será destinada aos primeiros que matarem as provas de cada dia em sua categoria. Se algum dia não houver prova válida, esse valor será somado ao prêmio final. É um incentivo para que os pilotos ajustem suas estratégias e não fiquem só no “modo conforto”.
Que mensagem você gostaria de deixar para os pilotos sobre o que esperar desta etapa e como devem se preparar?
Huuuuummm... já agendem no seu calendário o dia de abertura das inscrições! A competição já começa na disputa pelas vagas. Quem ficar de fora desta oportunidade, lamentamos: só na próxima. Bons voos a todos, e que 2025 seja desafiador e cheio de conquistas!