Encerramento de Gestão: Um Ciclo de Transformação para o Voo Livre
Vinícius Matuk escreve sobre sua gestão frente à CBVL
Acontecimento Extraordinário Derrubou Pilotos que Estavam no Chão
O Paragliding World Cup (PWC) Spain 2024 em Yelmo, na Sierra de Segåura, província de Jaén, foi um evento marcante para os pilotos brasileiros. A competição, que deveria contar com seis tasks, teve um desfecho inesperado devido a uma infecção que acometeu grande parte dos competidores, resultando em apenas quatro tasks válidas. Yelmo é conhecido por suas condições desafiadoras, com decolagens a 1800 metros e ventos predominantes de oeste, devido ao vale do Guadalquivir.
Érico Oliveira, o brasileiro melhor colocado, compartilhou sua experiência:
"Então, lá a gente teve quatro provas, sendo que das quatro, três foram na rampa de Yelmo. Antes dessas, a gente teve duas provas de treino locais, mais três provas oficiais na rampa de Yelmo. Ficamos mais três dias parados por causa da infecção que teve e também porque a condição não estava muito boa. Estava meio chovendo e com vento de cauda forte. Mais da metade do campeonato ficou infeccionada lá. Eu passei mal também, mas não precisei ir ao hospital e consegui me recuperar em casa, tomando um soro caseiro. Esses três dias ficaram ruins. No último dia, se eu não me engano, foi no sábado. Fomos para a rampa de Pegalajar porque amanheceu bem nublado em Yelmo e até começou a chover um pouco. Pegamos um ônibus e fomos para Pegalajar, que fica a mais ou menos duas horas de Yelmo. Lá fizemos a quarta e última prova, e consegui chegar bem no gol. Passei o dia inteiro entre os primeiros no primeiro pelotão. Consegui descartar a primeira prova em que me atrasei demais, desconectado no meio do pelotão. Era uma prova de 145 km. Consegui uma boa nota nessa última prova em Pegalajar e fiquei entre os 15, se não me engano. A condição estava bem forte, bem turbulenta mesmo. Não é uma condição para iniciantes, é bem difícil. Yelmo é um lugar bem árido, seco, rústico e difícil, com bastante vento e poucas áreas para pouso, por causa das plantações de oliveiras. É um lugar bem rústico mesmo."
Washington Peruchi relatou: "Na sexta, antes do treino oficial, voamos e nos sentimos muito perdidos na condição. Vento baixo de um jeito, alto de outro, derivas um pouco estranhas, mas quando começou a competição, logo com uma prova de 146km, a história já mudou, o lugar é incrível! Nos três primeiros dias voamos mais de quatro horas por dia. A terceira prova, mais curta, porque tinha previsão de chuva no final do dia, acabou sendo demorada também porque tinha muito vento contra e a condição demorou para funcionar. Nesse dia tive uma indisposição voando e, menos de cinco minutos depois de pousar, desmaiei. Fiquei sem entender porque não poderia ser desidratação, já que costumo prestar bastante atenção a isso. Mas depois começaram os casos, cerca de 60 pilotos passaram mal, principalmente nos dois primeiros dias (no dia da terceira prova e um dia depois) e alguns no dia seguinte. Provavelmente a contaminação veio do reservatório com gelo onde ficavam as bebidas (latas). Passado todo esse susto, a prova de sexta foi cancelada devido ao mal tempo e a última prova voamos em Pegalajar, cidade sede do último Europeu."
Os resultados finais, apesar dos desafios enfrentados, contaram com superações: Érico Oliveira ficou em 14º lugar, seguido por Washington Peruchi em 17º, Rafael Barros em 50º, Deonir Spancerski em 56º e Marcella Uchoa em 113º.
Brasileiros Seguem Viagem para o Campeonato Espanhol em Piedrahita
Após o PWC, o grupo seguiu viagem para Piedrahita, famoso sítio de voo espanhol, para participação no Campeonato Espanhol. Até o fechamento desta edição, no quarto dia de competição de um total de seis, os brasileiros estavam colhendo excelentes resultados. Washington Peruchi está em 2º lugar, Rafa Barros em 5º, Érico Oliveira em 6º, Deonir Spancerski em 10º e Marcella Uchoa em 11º, liderando a categoria feminina.