A Super Final do PWC 2023 rolou em março, aproveitando o incrível visual de Baixo Guandu (ES). Aliás, a prova retornou à cidade apenas cinco anos após sua última passagem pela Rampa do Monjolo. E, apesar das condições meteorológicas adversas, entregou um grande espetáculo aos fãs de voo de todo o mundo.

Super Final em BG

Participaram 128 atletas, de 30 países, representando a elite do parapente mundial. Afinal, a Super Final é restrita aos melhores dos melhores - àqueles que conseguiram se destacar nas etapas regulares de PWC realizadas ao redor do planeta durante a temporada.

Desta forma, a delegação brasileira foi composta de 19 atletas. O melhor desempenho ficou com o experiente Rafael Barros, P9 na classificação geral. Aliás, essa foi sua quarta Super Final.

“Esta decisão foi especial para mim, pois estava determinado a voar de um jeito diferente. Optei pelo meu ‘modo de segurança’, modificando a tomadas de decisões e pensando sempre em manter médias altas para conseguir uma boa nota no final. Deu certo! Além disso, foi em casa e num lugar que eu gosto muito, o que aumentou a minha motivação”.

Além do top10 na disputa individual, Rafa ainda faturou um P2 por equipes. “Quando fui convidado a participar da equipe da Niviuk, disse a eles que iríamos brigar por um pódio. E assim fizemos! Este resultado me deixou ainda mais feliz, porque atingi todos os meus objetivos - pódio por equipes e ficar entre os 15 no ranking. Quando a cabeça está boa e você sabe qual é seu objetivo, parece que as coisas clareiam”.

Desafios na organização

Além dos brasileiros na rampa, a Super Final também contou com uma delegação verde e amarela na organização. Os trabalhos foram coordenados por uma equipe local, que precisou administrar os desafios e montar provas dignas de uma Super Final mesmo sob mau tempo.

“Para mim, nunca foi tão difícil ser um Diretor de Prova quanto aqui”, comentou Marcelo Ratis. “O sistema do PWC teve mudanças internas, o que exigiu uma atenção extra da equipe. Paralelamente, tivemos de lidar com um tempo úmido e muito verde em BG, o que enfraqueceu a condição e mostrava coisas diferentes a cada boletim meteorológico, ainda que o repetíssemos em menos de 6 horas.

Para fechar, tínhamos a pressão externa, de pilotos e comunidade do voo, aguardando por grandes provas para uma decisão de PWC. Mas ao final conseguimos administrar todos os desafios e fazer um grande evento. Tivemos ótimas provas e a presença de pilotos lendários, todos felizes por voar no Brasil e em Baixo Guandu”.

PWC: resultados da Super Final

Overall
1 - Honorin Hamard - FRA
2 - Baptiste Lambert - FRA
3 - Joachim Oberhauser - ITA
4 - Julien Wirtz - FRA
5 - Julien Garcia - FRA

Woman
1 - Meryl Delferriere - FRA
2 - Alexia Fischer - USA
3 - Constance Mettetal - FRA
4 - Johanna Hamne - SWE
5 - Jenny Oneil - USA

Teams
1 - OZONE
2 - NIVIUK 1
3 - ALAS DEL HOMBRE
4 - PARASTICK
5 - NIVIUK 2

Brasileiros:
Rafael Barros (P9)
Luciano Horn P11)
Mario Monteiro (P23)
Maycon Santos (P42)
Erico Oliveira (P43)
Felipe Marques (P47)
Washington Perucchi (P49)
Martinho Morais (P54)
Jarbas Melo (P56)
Rafael Saladini (P75)
Lucas Ribas (P77)
Luiz Dias (P78)
Alexandre Germani (P88)
Frank Brown (P89)
Ronnie Koerich (P93)
Deonir Spancerski (P107)
Marcella Uchoa (P115/P12)
Cristiano Ricci (P122)
Ricardo Moritz (P125).